Embora existam registros antigos a respeito do uso do álcool em contextos de trabalho, as produções científicas em torno de suas possíveis relações com as atividades ali desenvolvidas são ainda incipientes e repletas de lacunas.
Esta obra pretende contribuir para avançar o conhecimento sobre o tema ao expor os resultados de oitos anos de pesquisas conduzidas pelo Núcleo de Estudos sobre Saúde Mental e Trabalho do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.
O ponto de partida foi um levantamento epidemiológico realizado em um centro de atendimento a dependentes químicos, no qual foram identificadas algumas categorias profissionais com significativa presença de quadros de alcoolismo. Em seguida, foram realizados estudos qualitativos junto a essas categorias profissionais, com o objetivo de compreender as possíveis razões para o alto índice de alcoolismo identificado na primeira etapa.
Os resultados alcançados permitiram um considerável avanço em relação aos estudos realizados até o momento em torno do tema, ultrapassando as concepções tradicionais sobre dependência e permitindo um rico diálogo com outras disciplinas, sobretudo as que fazem parte das Ciências Sociais.
As perspectivas abertas por esses resultados são promissoras, podendo trazer novos elementos para se pensar o diagnóstico e a prevenção do uso do álcool nos contextos de trabalho.
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