No terreno do humor, Curitiba é reduto quase que exclusivo do patusco mas sinistro Dalton Trevisan. Porém, descobre-se uma veia cômica mais frugal e irreverente, encontrada na melhor literatura do carioca Millôr Fernandes e do gaúcho Luís Fernando Veríssimo.
Trata-se de Fernando Botto, que estréia com Alho, cebola e beijo na boca, um muito bem humorado livro de contos/crônicas, que despretenciosamente retratam o cotidiano contemporâneo desta eterna, embora cada vez mais metropolitana, província.
Os cenários são os rotarys clubes, os salões de bailes dos tradicionais clubes Concórdia e Curitibano (com suas formidáveis festas de formatura) a confeitaria Caruso, a feirinha hippie, o nosso peculiar trânsito curitibano e muito mais.
Já as personagens, como não poderiam deixar de ser, são a típica pequena burguesia curitibana e suas sagradas instituições (entre ela, claro, nossas famílias), com seus valores, cerimônias e formalidades mesquinhos e hipócritas – mas muitas vezes líricos e ingênuos.
Enfim, o “leitmotiv” dessa obra é sobretudo o fabuloso, hercúleo, original – mas vão – empenho desses nossos contemporâneos em varrer para debaixo dos tapetes as nossas mesquinhezas e velhacarias as mais repugnantes, porém não menos dignas da mais refinada apreciação cômico-literária. Por isso, relaxe e aproveite a leitura.
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