==> Confira a entrevista com o autor na TVE-Paraná
Este livro está dedicado a alguns desafios: expor os fundamentos e efeitos da globalização econômica; ajudar a entender o desalento dos cidadãos brasileiros, diante do fracasso do Estado; denunciar o papel nefasto da Serasa ao comercializar a cidadania brasileira; tentar vislumbrar o significado econômico, jurídico e político da negativação de mais de 40 milhões de cidadãos, (equivalente a 57% da PEA, urbana); evidenciar a relevância do Cooperativismo de Crédito como uma ágora na produção e distribuição de riqueza, com justiça e paz social.
O entrelaçamento das proposições conduz a uma estimulante leitura que tende a indicar saídas ao povo e aos agentes políticos que representam o Estado. Como acentua o autor: “Seguir o paradigma da Serasa vai resultar em uma conclusão inevitável: o povo brasileiro é caloteiro. A questão, a partir daí, que ficará para ser resolvida pelo Estado-Nação é saber para que serve essa conclusão? O que o Estado-Nação fará com essa conclusão? Para se entender a relevância desta questão é preciso compreender uma distinção básica, essencial, simples, que consiste exatamente em saber a diferença entre mercado e Estado-Nação”. APA:
Centrado em temas relevantes para a compreensão sobre o panorama atual do cooperativismo de crédito no Brasil – o livro está estruturado em três blocos conceituais: no primeiro, relativamente ao contexto mundial, parte I, aborda-se a globalização como uma corrente preponderante que dita aos Estados-Nação e neste caso, ao Brasil, uma forma peculiar de atuação institucional em detrimento da soberania e por, efeito reflexo, da cidadania; na parte II, resgata-se o seu conceito e origem história da cidadania a partir das revoluções inglesa, americana e francesa e discute-se os efeitos destrutivos da atuação do Estado-Nação na formação de uma verdadeira multidão que – sem outra saída e, literalmente encurralada em territórios vazios de poder, – pede, implora e, efetivamente, depende de uma pseudoproteção que lhe assegure a perpetuação da pobreza e da dependência, suprimindo-lhe, como se pretende demonstrar, a condição de exercício da cidadania em um projeto de nação que sequer chega a ser apresentado, como evidência da perda de soberania e de autodeterminação; na parte III, discute-se o cooperativismo e, especialmente, o cooperativismo de crédito, como uma ágora, no sentido proposto por BAUMAN, na reconstrução de responsabilidade política, que, sem o uso de força, (ilusório pensar-se em força), poderia ensejar a formação de grupos autogestionários, com resgate, concomitante, do primado do trabalho e da dignidade da pessoa humana, respectivamente, base da ordem social e fundamento do Estado-Nação, como fixado pela Constituição Federal propensa a ser proclamada como mito e como instrumento retórico de dominação.
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