Ética da Contingência

A Lógica da Ética da Psicanálise

Número de ISBN 978853623622-3
Total de página 182
Ano de publicação 2012
Peso 294 Gramas
Em estoque
Autor Fábio Santos Bispo
Price R$ 54.70

Esta obra busca compreender a lógica da ética da psicanálise a partir de uma análise epistemológica da proposta de Lacan em O Seminário, livro 7 – a ética da psicanálise, comparando-a com a lógica das modalidades de gozo em O Seminário, livro 20 – mais ainda. Discutiu-se a visada de Lacan no Seminário 7 a partir de dois movimentos principais: de um corte em relação à ética de Aristóteles e de um recurso à forma kantiana da Lei Moral, cujo intuito era demarcar as condições de possibilidade do desejo, bem como o caráter impossível de sua apreensão empírica. Apresenta-se, ainda, um deslocamento até a abordagem do Seminário 20, a fim de indicar o caminho que Lacan escolhe para tratar os impasses da ética no Seminário 7. Explora-se a formalização de uma lógica da contingência, que incide sobre o lado feminino das fórmulas quânticas da sexuação. Para tanto, é apresentada a contribuição que Lacan extrai da lógica proposicional de Aristóteles, bem como a transformação que ele empreende a partir da lógica matemática, sobretudo com as contribuições de Frege, resultando numa lógica que intenta abordar o real por meio do discurso da psicanálise. A noção de gozo é revista a partir da introdução do gozo do corpo, de maneira que pudemos esclarecer a relação topológica entre os dois modos de gozo que aparecem no Seminário 7 (o gozo fálico e o gozo de das Ding) comparando com a relação entre os dois modos que aparecem no Seminário 20 (o gozo fálico e o Outro gozo). Discute-se sobre como a lógica da contingência permitiria falar de uma ética, a partir das considerações sobre a ética do bem-dizer, cuja compreensão depende desse recurso à formalização da contingência. Encerrando-se são exploradas as consequências da consideração da contingência na práxis psicanalítica, a partir da entrada do possível, justamente como uma figura que, ao sair do campo do impossível, sem se prender nas vias do necessário, abre espaço para o contingente.