José Maliska Sobrinho

“Há sempre nas tuas cartas aquela boa aproximação, o elo entre nós e você, recomendo muito aos teus irmãos que sejam generosos um com o outro, que façam como eu faço, sempre bondoso com eles, sempre tolerante, enérgico sim quando precisa pois todos ainda carecem de formação moral, intelectual e religiosa, são crianças e aquele santo costume que tínhamos na nossa casa de forma alguma quero que seja quebrado apesar de faltar o seu centro, a rainha desta harmonia, desta rganização, precisamos superar, ou melhor remediar e manter bem alto diria os seus postulados”.

Carta de José para a filha Carmem.

“O primo José tinha um temperamento calmo, longe da ira, muito longe da ira. Ele tinha aquele jeito dócil de tratar com as pessoas. Era uma pluma, era incrível. Coisa que a gente fica admirado. A admiração que eu tinha por ele era do seu temperamento, a qualidade que ele tinha de se expressar. Ele não era aquele homem áspero, de dizer as coisas e de se irritar. Era uma coisa meio rara. Têm pessoas assim, mas é pouco. Gurizada, o pai de vocês era aquele homem que, se chegasse alguém para atirar nele e o deixasse dizer três palavras, a pessoa guardava o revólver”.

Depoimento de Carlinhos Hoesller