O mundo anda doente. É o que a presente obra pretende dizer sem esquecer de apontar algumas possibilidades de cura.
Das doenças do mundo chamou-nos a atenção a deterioração das relações de convivência entre os humanos, a partir da qual outros males acentuaram o estado de insatisfação que tomou conta da sociedade.
No diagnóstico e na indicação de possíveis terapêuticas no âmbito da convivência seguimos um caminho que, de início, levou-nos a percorrer duas vertentes que se completam: o cuidado com as relações intrapessoais e as atenções com as relações interpessoais.
Desenvolvemos, dessa forma, ao longo de quinze capítulos, a necessidade de saber ouvir para aprender a falar a palavra própria e apropriada. Como decorrência dessa aprendizagem será possível olhar o outro não só pelo que lhe falta, mas também por aquilo que conquistou. Segue-se como resultante necessária e esperada que se passe por um processo de desaprendizagem para se chegar a aprendizagens novas. Somente dessa forma conseguiremos estabelecer comportamentos que levem em conta as singularidades dos que partilham a convivência.
A partir do esforço de apontar alternativas de cura para a doença do mundo, a boa vontade e a criatividade poderão mudar atitudes e ações práticas para melhorar a convivência humana. Só assim poderíamos chegar ao capítulo da “prática da convivência”.
Sem a caminhada dos capítulos anteriores as terapêuticas sugeridas poderiam parecer desguarnecidas de substância como contribuição para melhorar a vivência e a convivência no mundo das pessoas.
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