Este livro nos propõe compreender e interrogar o envelhecimento em sua dimensão subjetiva.
O estudo deste processo é uma urgência prática não só para aqueles que trabalham neste campo desempenhando papéis acadêmicos, profissionais ou técnicos, mas também contribui e até revoluciona os mais tradicionais conceitos sobre subjetividade.
O avanço na produção teórica e metodológica da Psicogerontologia vai deixando cada vez mais claro que uma compreensão do ser humano não pode prescindir do conhecimento produzido na abordagem e no encontro com o envelhecer.
O transcurso do tempo provoca uma complexidade crescente no campo do humano, que leva a uma progressiva proliferação da produção de sentido em seus aspetos de significação, objetivos e direções.
A América Latina vai na direção de encontros com a diversidade do envelhecimento, e nessa trama, estes textos chegam até nós, leitores ávidos, como novos e valiosos instrumentos de conflito, crescimento e multiplicidade a serem divulgados.
Fernando Berriel
Montevidéu (Uruguai)
Durante muito tempo, os estudos sobre envelhecimento humano e velhice centraram-se nos seus aspetos biofisiológicos e de seguridade social, tentando subordinar a estes, os aspetos psicológicos e sociais. Este fato determinou a imposição de um modelo individual e deficitário do envelhecer que funcionasse em harmonia com a economia de mercado.
Afortunadamente, estamos assistindo a uma mudança de paradigma. Os mais recentes estudos em Psicogerontología dão conta de demonstrar que o envelhecimento é também
uma produção subjetiva que não pode ser analisado como um fenômeno individual, alheio ás condições de vida ou aos processos coletivos de produção de sentido. Não existe uma forma universal de envelhecer, mas dinâmicas de cada sociedade, cultura e época histórica pautando, habilitando ou proibindo determinadas modalidades de envelhecimento e produções de desejo.
Este livro significa uma importante contribuição sobre os fenômenos subjetivos do envelhecimento e aborda alguns dos trânsitos conceituais percorridos pela Psicogerontología no Brasil.
Parabéns aos autores pelo potencial das contribuições oferecidas e por embarcarem nesta apaixonante tarefa da construção da Psicogerontología do futuro.
Robert Pérez Fernández
Montevidéu (Uruguai)
Esta coletânea é marcada pela criatividade e pelo rigor científico no tratamento do tema velhice à luz de várias vertentes da Psicanálise. Os autores são renomados clínicos e docentes vinculados a universidades brasileiras e argentinas reconhecidas pela excelência de seus estudos psicanalíticos. Discutem os meandros da subjetividade na construção da velhice, tema eleito por eles como o objeto da Psicogerontologia, área interdisciplinar que reflete a complexidade das relações entre a subjetividade e os eventos biológicos e do contexto social e cultural.
Conceitos freudianos e de outras correntes psicanalíticas, em especial a francesa, são as lentes utilizadas para o exame de temas como as relações com o corpo, a temporalidade, as perdas, as memórias, o envelhecimento masculino e o feminino, as relações entre avós e netos, o cuidado ao sofrimento psíquico e o cuidado na dependência. A erudição, o conhecimento histórico e a sensibilidade artística também se fazem presentes. A despeito de sua profundidade, os textos são fluentes e agradáveis. Sua leitura pode beneficiar profissionais e estudantes de pós-graduação em Psicologia, Psicanálise, Gerontologia, Filosofia e Ciências Sociais.
Anita Liberalesso Neri
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