Desde o útero materno, cada gêmeo partilha com seu cogêmeo os espaços geográficos e afetivos. A presença constante do cogêmeo interfere nas interações vivenciadas entre os irmãos e entre cada gêmeo com seus cuidadores.
Ao realizar a tese de doutorado que deu origem ao livro, a autora visitou e realizou semanalmente a observação psicanalítica de cinco famílias de gêmeos recém-nascidos durante o primeiro ano de vida dos bebês. O relacionamento entre os gêmeos e as peculiaridades dos cuidados maternos/paternos foram descritos e analisados, possibilitando aos leitores uma visão das alegrias e dificuldades encontradas ao cuidar de dois bebês ao mesmo tempo.
O texto ressalta como a gemelaridade interfere nas relações afetivas, sugerindo que o desenvolvimento afetivo-emocional dos gêmeos apresenta nuances diferentes daquelas vivenciadas pelos singulares (bebês que nascem um em cada parto). A leitura certamente contribuirá para melhor compreensão do mundo dos gêmeos tanto pelos psicólogos quanto pelos pais e demais educadores.