A presente obra se justifica no sentido de contribuir para a determinação da importância do capital humano na gestão do conhecimento através da ética argumentativa, como um novo modelo de racionalidade. Um modelo de racionalidade configura um certo paradigma filosófico predominante numa época.
A expressão paradigma não é usada em seu sentido estrito, como modelo de ciência historicamente situado numa determinada área do conhecimento, mas em seu sentido mais amplo, como conjunto de pressupostos que estruturam e condicionam o pensamento de toda uma época. Para Kuhn (1970, p. 175), paradigma é toda uma constelação de opiniões, valores e métodos, participados pelos membros duma determinada sociedade, fundando um sistema disciplinado, mediante o qual esta sociedade orienta a si mesma e organiza o conjunto de suas relações. Sendo a globalização um novo elemento ambiental, é necessário observar como as estratégias na área de Recursos Humanos, na empresa pesquisada, estão gerando mudanças na estrutura organizacional. Mudanças principalmente em relação ao capital humano.
Esse é o primeiro passo para o surgimento de uma nova cultura organizacional capaz de diminuir os conflitos, ressaltando a possibilidades de ganhos para ambos, ou seja, para o capital e para o trabalho. Sem o ganho para ambos, uma das partes sozinha não conseguirá viabilizar, a médio e longo prazo, o fortalecimento sustentado da empresa. Nesse caso, para viabilizar a opção de crescimento sustentado a médio e longo prazo, as medidas conservadoras e retrógradas, adotadas tanto pelos capitalistas como pelos trabalhadores, precisarão de novos arranjos e posturas empresariais, interempresariais e interinstitucionais capazes de suplantar os obstáculos até então existentes.
A Gestão do Conhecimento, como uma nova gestão, faz parte de um novo paradigma produtivo.