Ao contextualizar o mundo do trabalho contemporâneo, a autora analisa as abordagens em clínica do trabalho que já se sedimentam no meio científico nos últimos anos e atenta para a necessidade de construção de uma ação diferenciada diante do sofrimento no e por causa do trabalho.
Apontando carências epistemológicas e teóricas para um clínico humanista-fenomenológico atuar frente a demandas desta ordem, parte das filosofias de Maurice Merleau-Ponty e Hans-Georg Gadamer e dos parâmetros teórico-científicos formulados por Carl Rogers e, a partir de uma pesquisa sobre a atuação de psicoterapeutas centrados na pessoa do Brasil, vai tecendo o método que denominou de Hermenêutica Colaborativa: um processo conjunto de interpretação e construção de alternativas, pautado no confronto de tradições, que viabilizam o encontro intersubjetivo e a retomada da consciência histórica, favorecendo aos sujeitos envolvidos poderem construir novos projetos para enfrentarem e ressignificarem o sofrimento.
Esta obra, portanto, seria a base para a atuação em clínica humanista-fenomenológica do trabalho e pode orientar diversos profissionais das ciências humanas, sociais e da saúde.