O principal objetivo desta pesquisa é traçar um panorama sobre a trajetória da mulher no contexto da sociedade contemporânea a partir da Revolução Pós-Industrial, utilizando-se para isso: o cinema, a propaganda e a internet.
O ponto de partida é a revolução tecnológica a partir dos anos 70, seguindo com a revolução robótica, ciborgue e virtual. O intuito é mostrar como a representação da imagem da mulher vem se moldando às novas tecnologias e como ela, neste processo, se adapta aos novos paradigmas sociais apresentados, nos quais as metáforas do robofem e da mulher-máquina, que proliferaram na sociedade industrial, estão hoje em decadência.
Numa metamorfose balizada pela teleinformática e pelas biotecnologias, tais imagens estão sendo substituídas por outras: aquelas que começam a esboçar a mulher-informação, a mulher-comunicação, a mulher-ciborgue, a mulher virtual. Emerge, assim, uma nova imagem do feminino condenada a um upgrade constante, tanto do seu hardware (corpo/organismo) como de seu software (mente/código), que visa a ultrapassagem dos limites espaciais e temporais que constringem a condição humana. Essa passagem do ser orgânico-inorgânico está em constante mutação. Basta que haja um esforço de adaptação às novas mudanças.
E a mulher é peça fundamental neste novo contexto histórico. Por isso é importante esta análise da representação de sua imagem em vários momentos sociais, que retomam alguns conceitos históricos através da Sociologia, da Antropologia e das Teorias da Comunicação.