O presente livro traz uma leitura psicodramática e filosófica da subjetividade representada por Dom Quixote como auxílio para compreender a dinâmica dramática vivenciada pelo ser humano atual. Desenvolve caminhos e soluções filosóficas, psicoterápicas e sociológicas para reduzir, ou podendo até cessar, o conflito dramático instalado na vivência humana.
Pensando nesse homem pós-moderno, enxerga-se outro personagem fictício, criado no século XVI por Miguel de Cervantes. Dom Quixote é o seu nome fantasioso. Inserido no contexto, tanto real quanto imaginário, reporta-se ao âmbito de duas sociedades distintas, porém, vinculadas por valores e costumes que estruturalmente se contrapõem, gerando uma relação dicotômica entre a sociedade medieval e a iminência da Idade Moderna na Espanha.
Extremamente subjetivo, Dom Quixote apresenta um conflito compartilhável com o homem pós-moderno na medida em que ambos travam um confronto entre o mundo racionalmente organizado, e um mundo ordenado por si mesmo pelo qual é desejado, imaginado, subjetivo.
Os sujeitos da complexidade, o personagem pós-moderno e o personagem fictício, vivem em pleno palco social, onde o conflito surge. Sendo assim, nosso trabalho tem em vista a transposição do caso dos dois personagens do palco da vida para um palco psicodramático.