A presente obra examina e avalia a obra psicobiológica de Juan Cuatrecasas, médico espanhol exilado por motivo da guerra civil à Argentina. Cuatrecasas iniciou sua vida científica na Escola de Barcelona sob a tutoria de Augusto Pi Suñer. No desenvolvimento de sua vida profissional seguiu a linha holística de investigação, característica dessa Escola.
Na Espanha, foi Catedrático da Faculdade de Medicina de Barcelona. Depois, na Argentina, foi professor titular da Cátedra de Antropologia Cultural da Universidad de La Plata, como também professor honorário da Universidad John F. Kennedy, Buenos Aires. Aí conheceu Christofredo Jakob, neurólogo alemão, que influenciou a linha de investigação do autor nos estudos filogenéticos e ontogenéticos do cérebro humano.
A principal teoria desenvolvida pelo autor é a de que o homem possui um cérebro óptico, resultante de uma linha específica de evolução do sistema nervoso. A partir dessa concepção desenvolve seus estudos complementares referentes à linguagem, ao simbolismo e à psicologia social, onde aborda questões de socialização, especialmente em relação com o instinto e a agressividade.
Em sua obra, o autor considerou as teorias de autores como Von Monakow, Teillard de Chardin, e as obras clássicas da psicanálise (Freud e Jung).