A presente obra, a partir da interlocução da Psicanálise com a Educação, discute situações clínicas de crianças e adolescentes identificados como superdotados. Parte de um tema prevalecente na Psicologia, entretanto privilegia o referencial psicanalítico, tomando como base os trabalhos de Sigmund Freud, Jacques Lacan e psicanalistas contemporâneos.
Tem como objetivo demonstrar que a identificação como superdotado tem efeitos na constituição da subjetividade. Com base na apresentação de casos clínicos e do relato de entrevistas realizadas com adolescentes, na faixa etária compreendida entre 12 e 18 anos, e seus pais, discute o conceito de superdotação bem como as políticas governamentais elaboradas para alcançar esse público.
Faz uma análise do surgimento do sintagma superdotação na cultura, bem como discute o conceito de inteligência na Psicologia e o modo particular que a Psicanálise associa a curiosidade intelectual à curiosidade sexual da criança.
Aborda o tema da nomeação utilizando a Filosofia e a Linguística para chegar a uma perspectiva que visa verificar os efeitos psicanalíticos da nomeação.