Este livro integra um movimento de pesquisadores que se articulam em rede nacional e internacional para analisar as dimensões subjetivas do trabalho, tendo na Biblioteca Juruá de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho um espaço para difundir as pesquisas acerca do sofrimento e do prazer no trabalho, valorizando as dimensões clínicas e políticas.
Nesta linha, a obra parte da fundamentação dejouriana, que reafirma a centralidade do trabalho na constituição da subjetividade, tendo o potencial para conduzir à saúde ou à doença, à servidão ou à emancipação.
Estabelece uma interlocução com a psicossociologia no que tange à escuta clínica. No aspecto metodológico, a fala e a escuta se destacam como o recurso privilegiado para reestruturar os laços do coletivo e fortalecer a cooperação.
Em um cenário marcado pelo individualismo, as pesquisas empíricas apontam a importância do coletivo para o enfrentamento e transformação do sofrimento no trabalho. O livro destaca a potência emancipatória da escuta clínica no espaço de trabalho.