Gênero e Saúde na Dinâmica do Trabalho

A Saúde da Mulher em Foco

Número de ISBN 978853626275-8
Total de página 242
Ano de publicação 2016
Peso 300 Gramas
Em estoque
Autor Organizadores: Adriane Vieira e Alexandre de Pádua Carrieri
Price R$ 79.90

A importância dos estudos de gênero na área da gestão no Brasil se revela pelo crescente volume de publicações desde a década de 1990. Trata-se de um campo em desenvolvimento, que tem apresentado ino­vações em suas pesquisas e abordagens teóricas. Nesta obra, o gênero é compreendido pelas relações socialmente atribuídas para os sexos e que mudam conforme o contexto sócio-histórico. Entende-se que as interfaces entre gênero, trabalho e gestão podem ser vistas como um espaço profícuo para se pensar as profundas desigualdades existentes na sociedade brasileira, dado que é no campo da escolha das profissões e da atuação no mercado de trabalho que as identidades são construí­das, em meio ao jogo de relações de poder que define o status, o reconhecimento e a valorização social de uns em detrimento de outros.

A primeira parte do livro reúne trabalhos científicos de natureza teórica que abordam a constituição de três profissões da área da saúde (Enfer­magem, Nutrição e Fisioterapia), seus desafios, dilemas e processo de regulamentação no Brasil, tendo como objetivo compreender a histórica constituição de profissões femininas e a vinculação aos atributos tradicionalmente associados ao gênero masculino e feminino, que apoiam a construção de processos identitários diferenciados e influenciam as escolhas profissionais e a construção de carreira.

A segunda parte do livro conta com a participação de diversos pesquisadores brasileiros, que têm se dedicado ao tema gênero e trabalho, especialmente convidados para compor esta obra. Nos escritos são abordados: os processos de subjetivação presentes nas relações de gênero e como eles contribuem para o sofrimento ou prazer/realização; as diferentes formas de manifestações do sofrimento por homens e mulheres em cargos de gestão; o empoderamento de mulheres gesto­ras e o preconceito de gênero; o modelo hegemônico de maternidade e paternidade e sua relação com o discurso neoliberal; a corporeidade como construção social; a normatividade do gênero masculino presente no empreendedorismo; e a estigmatização do trabalho de mulheres inseridas em atividades socialmente marginalizadas.