Os debates sobre fronteiras e identidades têm, atualmente, grande visibilidade nos meios acadêmicos e científicos e também na mídia, diante das inúmeras transformações estruturais que atingem o mundo contemporâneo. A globalização e a relativização das fronteiras de todo tipo, a reformatação da natureza e forma das vinculações e parcerias a partir de objetivos diferentes constitui em discussão necessária e urgente. Voltar-se ao estudo do passado possibilita a busca da compreensão dos desafios que atingiram outros períodos históricos e demandaram a elaboração de modelos políticos e institucionais válidos até hoje.
Este livro resulta do trabalho de pesquisadores brasileiros e espanhóis sobre estes dois conceitos na Península Ibérica medieval e suas conclusões podem ajudar a elucidar alguns elementos estruturais desta questão. As reflexões sobre as fronteiras medievais e por vezes a sua relativização, assim como a compreensão das identidades medievais, fluidas, em constante atualização em sua própria época, facultam ao leitor a possibilidade de participar deste debate na atualidade munido de uma reflexão proporcionada pela análise do passado.