No dia 3 de janeiro de 2013, os jornais britânicos publicaram uma carta aberta escrita pela presidente Cristina Kirchner endereçada ao Primeiro-Ministro David Cameron, buscando a reabertura de diálogo para discutir um tema que ela considera “um anacronismo colonial”: a soberania das Ilhas Malvinas.
A data não foi escolhida por casualidade já que, 180 anos antes, os argentinos foram expulsos das ilhas pelos britânicos. Desde então, a Argentina reclama sua soberania sobre o território ocupado pelo Reino Unido. A negativa dos britânicos em negociar uma saída pacífica para o imbróglio levou os argentinos à Guerra das Malvinas, que começou no dia 2 de abril e terminou no dia 14 de junho de 1982. O conflito custou a vida de 255 soldados britânicos e de 650 argentinos. A soberania sobre as Ilhas Falklands tornou-se questão de orgulho e de credibilidade nacional a ambos os países. É, além disso, um lugar estratégico no tráfego marítimo da região austral. Por fim, o descobrimento de reservas de petróleo é um elemento a mais na disputa pelas Ilhas Falklands.
O objetivo dessa obra é o de repensar a evolução da disputa pelas Ilhas Malvinas para esclarecer como a soberania sobre o arquipélago está condicionada pela história, pela lei e pela política internacional. Para isso, se investigou como se desenvolveu a colonização do território e como as ilhas terminaram sob o domínio dos britânicos sob os protestos dos argentinos. Também se pretendeu aclarar que razões levaram a Argentina a invadir as Ilhas Falklands e declarar guerra ao Reino Unido. Avalia-se também como o desrespeito às resoluções da ONU levou os dois países à interrupção e posterior retomada das relações diplomáticas.
A obra apresenta em suas conclusões finais uma solução ao conflito: a independência das Ilhas Malvinas.