Tendo em vista que as questões ambientais vêm suscitando a emergência de novos problemas para o Direito, dentre os quais se destacam as vítimas de catástrofes, sejam elas naturais ou provocadas, oportuno se torna averiguar em que as migrações ambientais se distinguem daquelas já regulamentadas pela sociedade contemporânea.
Por tais razões, a adoção da presente obra mostra-se imprescindível para a compreensão, de forma didática, da teoria da Sociedade de Risco, estruturada por Ulrich Beck, ainda pouco analisada pela doutrina pátria, assim como um melhor entendimento a respeito das mudanças climáticas que decorrem do aquecimento global.
Em outras palavras, enfatiza-se a relevância da pesquisa por examinar a teoria da Sociedade de Risco como parâmetro investigativo para o desencadeamento das adversidades ambientais no globo, as quais resultam do desenfreado processo de industrialização dos últimos dois séculos. Assim sendo, pontuam-se as principais transformações ocorridas ao longo desse período para a apuração dos acontecimentos que ensejaram as mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global e, por sua vez, a mobilidade humana forçada.
Recomenda-se a leitura desta obra por examinar a existência de mecanismos que oportunizam a proteção dos refugiados ambientais climáticos e observar como a questão tem afetado a sociedade contemporânea através de uma avaliação jurisdicional do tema, por intermédio de acordos e embates regionais. Trata-se, portanto, de um livro enriquecedor àqueles que estudam os impactos produzidos sobre as vidas humanas, em decorrência das mudanças climáticas, ocasionadas pelos avanços técnico-científicos, como fator de reconhecimento da condição de refugiado.