Desenvolvimento e Mudança Climática

Estímulos à Inovação em Energia de Baixo Carbono em Países de Industrialização Tardia

Número de ISBN 978853626469-1
Total de página 416
Ano de publicação 2017
Peso 516 Gramas
Em estoque
Autor Rafael Dubeux
Price R$ 119.90

A obra trata conjuntamente de dois dos temas mais efervescentes no debate públi­co atual: desenvolvimento econômico e mudança climática. O trabalho examina as diferentes estratégias adotadas por quatro países de industrialização tardia de dimensão econômica relevante (Brasil, China, Coreia do Sul e Taiwan) para estimu­lar sua própria capacidade de inovar em fontes energéticas com baixa emissão de carbono, particularmente hidráulica, biomassa, eólica, solar e nuclear.

Exibindo uma matriz energética relativamente limpa e favorecido pela disponibili­dade de recursos hídricos, terras aráveis abundantes para biomassa e vastas reservas de petróleo, o Brasil não está encorajando na mesma intensidade que outros países inovações tecnológicas em energias de baixo carbono. O sistema de aprendizado tecnológico passivo em torno do qual se estruturou a industrialização tardia do país constitui um obstáculo para as atividades de inovação local, situação que é agravada pela perda de competitividade industrial decorrente da persistente sobreapreciação cambial.

China, Taiwan e Coreia, por outro lado, premidos pela necessidade de limitar suas emissões de carbono na geração de energia e de reduzir a vulnerabilidade à im­portação de fontes energéticas, estão adotando políticas públicas para fomentar inovações em energia limpa. Esses países asiáticos são favorecidos pelo sistema de aprendizado tecnológico ativo que escorou a industrialização tardia, além de benefi­ciarem-se de moedas depreciadas que favorecem a manufatura local.

As políticas energéticas e tecnológicas dessas quatro nações refletem esses diferentes contextos. No caso brasileiro, a geração de energia segue dependente de importação de tecnologias estrangeiras e mantém a aposta em fontes tradicionais de energia, o que resultou em uma indústria energética de baixo carbono tecnologicamente dependente, ainda que a matriz energética seja comparativamente pouco poluente. China, Taiwan e Coreia adotaram intensos estímulos à inovação no setor e estão construindo gradualmente uma indústria energética tecnologicamente autônoma, ainda que man­tenham níveis de emissão de carbono bastante elevados em suas matrizes de energia.

O livro ajuda a vislumbrar caminhos para permitir que o crescimento econômico e o bem-estar social em cada país seja cada vez mais lastreado em inovação e em tecno­logia e, desse modo, seja compatível com os limites de emissão de carbono digeridos pelo planeta.